sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Amadeus

Biografia de Mozart (1756-1791)
Wolfang Amadeus Mozart nasceu em Salzburg. Criança prodígio, foi no ambiente musical desta cidade que começou a tornar-se notado.
O pai Leopold, músico na corte, empenhou-se na aprendizagem quer de Mozart, quer da irmã deste, Nannerl, levando as crianças a exibir os seus dotes.
Mozart tornou-se, aos cinco anos, um fenómeno de popularidade que se mantém até aos nossos dias.

Mudou-se para Viena, onde o Imperador José II lhe encomendou algumas óperas (em 1782 estreou “O Rapto no Serralho”) e onde se dedicou a compor e a dirigir concertos. Em 1782 casou com Konstanze Weber. Nos anos seguintes compôs algumas das suas obras mais célebres. 1787 foi o ano da estreia de “As Bodas de Fígaro” em Praga; recebeu ainda a encomenda para '”Don Giovanni” e terminou “Eine Kleine Nachtmusik”. Mas o seu sucesso foi irregular, sobretudo a partir de 1786, e a situação económica de Mozart complicou-se.
Em 1791, ano da sua morte, estreou “A Flauta Mágica”; não chegou a terminar o “Requiem”, outra encomenda do mesmo ano. A sua saúde deteriorou-se; não se sabe exatamente qual a doença que o afetou, mas faleceu a 5 de Dezembro, sendo enterrado numa vala comum, em Viena, como era costume na época.

Realizado por Milos Forman, o filme Amadeus, exibido em 1984, incide sobre aspetos da vida de Wolfgang Amadeus Mozart, contados, em retrospetiva, por Salieri, um feroz inimigo do compositor. Foi considerada uma grande produção e foram-lhe atribuídos 8 Óscares.
Salieri (Hurray Abraham), velho músico da corte, após ter tentado suicidar-se, confessa a um padre ser responsável pela morte de Mozart (Tom Hulce). Tudo começa em 1781, quando Mozart é apresentado à corte austríaca. Salieri "enlouquece" de inveja ao descobrir que todo o talento musical foi entregue a um rapazinho brincalhão que compunha como se a sua música fosse abençoada por Deus. Vai-se tornando cada vez mais rancoroso, ao aperceber-se da sua incapacidade de se aproximar do nível do jovem músico.
Mozart acaba por morrer aos 35 anos de idade, ao lado do seu pior inimigo e maior admirador, Salieri, na altura em que compunha um requiem (elogio fúnebre) que ficou inacabado.
Neste filme, temos oportunidade de ouvir parte da sua ópera Bodas de Figaro, da já mencionada D. Giovanni e de uma opereta que se enquadra na produção de Mozart destinada a um público mais popular.
                                            

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Ficha de leitura

  1.  1. O QUE É UMA FICHA DE LEITURA.
Ao longo da tua vida escolar terás de elaborar trabalhos extensos que te obrigam a recolher muitas informações e a ler vários livros. Durante essas leituras terás de tomar notas que te facilitem, depois, o uso das informações recolhidas. Para guardares as notas que foste tomando, podes recorrer a uma ficha de leitura.

Uma ficha de leitura é um registo da informação mais importante que recolheste sobre o conteúdo do texto. 

2. COMO SE FAZ UMA FICHA DE LEITURA
 Para que uma ficha de leitura seja completa, deves ter em conta vários aspectos:
  1. FORMATO DE UMA FICHA DE LEITURA.
Podes usar formatos estandardizados ou criar as tuas próprias fichas. Geralmente, deverão ter o tamanho de uma folha A4, na horizontal, ou de meia folha.

  1. MATERIAL USADO NUMA FICHA DE LEITURA:
É conveniente que as fichas sejam de cartolina ou de cartão fino para poderem ser consultadas no ficheiro. Também podes criar estas fichas no computador.
·        Referências bibliográficas: número de páginas, edição, editora…
·        Informações sobre o autor.
·        Breve resumo dos conteúdos.
·        Transcrição das citações mais importantes: usar uma cor diferente para destacar.
·        Comentários pessoais, ao longo do resumo: colocá-los entre parênteses rectos a cores.
·        Outras observações, se necessário.
Nota: Deves incluir todas as informações que te pareçam importantes.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A França nas Vésperas da Revolução

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Este período é marcado pela construção de um novo modelo de sociedade, cujos hábitos de vida, valores e concepções ideológicas determinaram a época contemporânea.


Causas sociais e políticas

1.  Predomínio de uma estrutura social aristocrática e tradicionalista;
2.  Clero e nobreza gozavam de poderes e privilégios ilimitados;
3.  Burguesia enriquecida pelo comércio colonial mas afastada do poder político e sem privilégios ou prestígio social;
4.  O terceiro estado, composto pelas classes laboriosas era verdadeiramente o único que pagava impostos, sem privilégios de qualquer espécie, nem atenções por parte do governante;
5.  O rei, acima desta hierarquia, governava de forma absoluta, fundada no princípio do direito divino dos reis e apoiado nas ordens.

Conjuntura económica

De um período de franca prosperidade a França, a partir de 1770, passou a viver uma conjuntura, tal como a maior parte de outros estados europeus, altamente negativa:

·     Maus anos agrícolas, geradores de fomes, doenças, carências comerciais, aumento geral dos preços dos produtos agrícolas, sobretudo do trigo.
·     Crise no comércio colonial – sobretudo com o continente americano;

·     Falência industrial e desemprego urbano; a crise nos outros sectores e na Europa em geral afectam a industria francesa que assentava basicamente nos produtos de luxo;

·     Crise financeira global e balança comercial francamente negativa;

·     Grandes encargos com o aparelho do Estado e com a corte que sobrecarregavam uma dívida estatal colossal.

Tentativas políticas de solução da crise
 
1.  Implementação de reformas económicas, sobretudo na agricultura;
2.  Alargamento do pagamento dos impostos às ordens privilegiadas;
3.  Proposta de convocação dos Estados Gerais, único órgão com poder para resolver a questão da crise económica.
4.  A convocação dos Estados Gerais permitiu o aumento do nº de representantes do 3º Estado e a proposta que foi aprovada do voto por cabeça, iniciando o eclodir de um conflito político-institucional e o início da Revolução Francesa.

A Revolução Burguesa e a Monarquia Constitucional

1.  A reunião dos Estados Gerais a partir de Maio de 1789, desencadearam um processo revolucionário sem retorno, iniciado pela própria aristocracia ao pretenderem a reunião dos Estados Gerais e posteriormente pela burguesia ao realizarem na famosa Sala do Jogo da Pela um juramento de união para o bem da França.
2. Secundados na rua pelo povo, tanto na cidade como no campo, levantamentos populares justificados pela tremenda fome e carestia dos preços, o processo foi imparável e culminou com a famosa tomada da Bastilha, uma fortaleza abandonada mas que era o bastião do Antigo Regime e de tudo o que ele simbolizava.

3. Rapidamente toda a França se encontrava incendiada pelos acontecimentos como de um barril de pólvora se tratasse. No campo, os incêndios de casas senhoriais e dos títulos guardados pela nobreza, a destruição dos campos de cultivo foram um pouco da destruição que se registou nos meses seguintes a Julho de 1789.
Na cidade foram alvos preferenciais as residências dos membros do clero e da nobreza bem como os palácios reais.

4. Entretanto os burgueses colocam-se em campos diversos e de acordo com as suas posições mais ou menos radicais assim se agrupam ideologicamente e se reúnem para que, em Assembleia Constituinte seja redigida e aprovada a primeira constituição da França.

Principal legislação da França Revolucionária


·     Abolição do regime feudal com a anulação de taxas, serviços e privilégios senhoriais;
·     Extinção da dízima eclesiástica;
·     Regulamentação da igualdade das ordens face ao pagamento dos impostos.
·     Redacção e aprovação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, onde se espelha todos os ideais e princípios defendidos pelos Iluministas, consignando valores como a liberdade e a igualdade, direitos naturais do homem indiscutíveis e inalienáveis. Esta legislação, de carácter universalista ultrapassou a barreira do tempo e do espaço e é, ainda hoje, um marco importante nas legislações nacionais e supranacionais.
·     Em 1791, foi aprovada a primeira Constituição, documento moderado que procura ainda conciliar os interesses do monarca e dos notáveis com a nova ordem – burguesia.
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789) estabeleceu:


v O direito natural (“todos os homens nascem e permanecem livres”);
v A igualdade perante a lei, a justiça, a administração e o imposto (fim da sociedade de ordens);
v A soberania popular;
v O rei é o mandatário da vontade geral;
v Poderes tripartidos (separação dos poderes);
v Carácter universalista

A Constituição Civil do Clero (Julho de 1790)
v Abolição dos dízimos eclesiásticos;
v Nacionalização de todos os bens religiosos
v Os membros do clero foram económica e administrativamente colocados sob a dependência do Estado Francês;
v Anulação dos votos solenes dos eclesiásticos;
v Encerramento dos conventos e de todas as ordens religiosas;

Esta legislação lançou um grave conflito entre a Igreja romana e o Papa e o Estado revolucionário que era assumidamente laico.


A Constituição (1791) estabeleceu:

1.  A monarquia constitucional o primado da lei e a divisão dos poderes;
2.  O direito de voto é regulado pelo sufrágio censitário; a população fica dividida entre cidadãos passivos (aqueles que apenas possuem direitos civis) e os cidadãos activos (que possuem direitos civis e políticos);
3.  O rei perdia muitos dos seus poderes mas continuava a ser chefe do executivo e militar, tinha direito de veto sobre as leis da Assembleia constituinte e o direito de exoneração de ministros;
4.  Do ponto de vista administrativo, a França foi dividida em distritos, cantões e comunas de forma a facilitar a sua governação e a cobrança dos impostos;
5.  No campo social foram reconhecidos os direitos de igualdade perante a lei;
6.  No campo económico foi liberalizada a economia, repartida a propriedade fundiária, anteriormente nas mãos das ordens privilegiadas, bem como outras medidas tendentes a ultrapassar a grave crise económica vivida pela França neste período.

Raízes da Ideologia Liberal

A Apologia da Razão e do Progresso

 
Século XVIII

  • Grande evolução intelectual
  • Progressos técnicos
  • Grande esperança na Humanidade
  • Racionalismo sobrepõe-se ao Empirismo
  • Fé inquebrantável na Razão
·         Visão optimista e progressista na evolução da Humanidade


Iluministas (filósofos do Século das Luzes)

Defendem:

·      Fim da desigualdade entre as nações:
·      Igualdade num mesmo povo:
·      Aperfeiçoamento real do Homem possível através do ensino, da lei e dos progressos das ciências e das artes - técnica.
Denunciam:

·      O fanatismo religioso e o dogma
·      A livre circulação de ideias
·      O absolutismo e a origem divina do poder real.
Formas de difusão:

·      A Enciclopédia de Diderot e D'Alembert
·      Cafés, clubes, academias e salões
·      A Maçonaria (as lojas maçónicas).

Preconizam:

·      Uma sociedade livre e igualitária:
·      Valorizam o indivíduo invocando o direito natural
·      Consideram como vital a educação, essencial para a evolução da Humanidade.
·      Desenvolve-se um novo conceito de família e de infância.

O Estado Iluminista:

·      Valorização da soberania popular – o poder emana do povo;
·      Defesa da divisão dos poderes (executivo, legislativo e judicial)
·      Defesa do contrato social, entre quem governa e quem é governado.

A tolerância religiosa

·      Aumento da crítica à Igreja e aos seus privilégios;
·      Aumento da descrença e do cepticismo;
·      Defesa da tolerância religiosa;
·      As ideias iluministas e o racionalismo colidem com o pensamento religioso, sobretudo pela forma como a religião (católica), determinava a vida dos homens e da própria sociedade.


quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

A Revolução Americana

A Revolução Americana


A colónia inglesa na América do Norte

Maior colónia de povoamento do mundo em 1760;
13 territórios escalonados ao longo da costa atlântica; Com cerca de 2 milhões de habitantes

Antecedentes

Grande riqueza comercial dos territórios americanos;
Sobrecarga de impostos aos produtos coloniais;
Parlamento decreta o imposto de selo sobre os documentos legais;
Decretado o exclusivo comercial das mercadorias coloniais.
A reação das colónias

Colonos americanos não representados no parlamento inglês;
Stamp Act Congress proclamou a recusa de aceitar decisões não aprovadas pelos seus representantes;
Boicote às mercadorias inglesas favorecendo as estrangeiras;
Levantamento dos impostos sobre todas as mercadorias à excepção do imposto sobre o chá.

Boston Tea Party

A concessão do monopólio da venda do chá à Companhia das Índias privava os comerciantes americanos dos lucros do transporte e revenda daquele produto na América.
Um grupo de jovens disfarçados de índios lançou a carga de chá transportada pelos navios no porto de Boston.

Cronologia da Independência

Em 1774 realiza-se o 1º Congresso de Filadélfia;
1775 Soam os primeiros tiros perto de Boston então reprimida pelos ingleses;
Jornais e panfletos legitimam a insubordinação.
A Declaração da Independência

 Em 1776 Thomas Jefferson redige uma  Declaração de Independência apresentada aos delegados no 2º Congresso de Filadélfia e aprovada a 4 de Julho de 1776.


A Guerra da Independência

G. Washington foi escolhido para comandante-chefe do futuro exército americano bem como líder de ações diplomáticas na Europa.
Foram conseguidas importantes alianças com França e Espanha com o envio de homens, barcos, armas e dinheiro.

O Tratado de Versalhes de 1783

A Inglaterra reconhece a independência das 13 colónias entregando-lhes o território compreendido entre os Grandes Lagos, o Ohio, o Mississipi e os Montes Apalaches.

Criada pela Constituição sob a forma de República Federal, na qual um Estado central e poderoso coexistia com os Estados federados.
A Constituição adotou os princípios da divisão de poderes e do seu equilíbrio através da fiscalização mútua.

Os Poderes

  • Legislativo entregue a duas câmaras do Congresso (o Senado e a Câmara dos Representantes);
  • Executivo entregue ao Presidente eleito por 4 anos;
  • Judicial entregue ao Tribunal Supremo.

O Espírito das Luzes

Nascimento do 1º país descolonizado do mundo;
Primeira república democrática;
O direito do voto e da escolha dos seus governantes.
      
   “A esperança do género humano” Turgot